Em plena luz do dia, a cabeça ferida
A fonte jorrando, olhando, pensando...
Em plena luz do dia, a cabeça jorrando
O interno chorando e eu sorrindo
Sob os pés meu lugar! Meu lugar?
Loucura compartilhada com o fugitivo
Sob o programa que procura o que querer
E sobre tudo esperando aquele olhar negativo
Fugitivo dos sonho próprios
Programa inédito do mesmo ciclo de sempre
Olhar negativo que entende a loucura, mas se espanta
Loucura, sobrenatural, surreal a minha alma
Uma jornada as estrelas no raio de lua
Uma busca insana sobre a própria identidade
Busca pela verdade e pelos verdadeiros sonhos
Que se esmagam para caber no peito
vivendo esmagado com pedaço a ser explorado
Louco! Marginal, Fugir para onde?
Quando se foge do próprio ser?
Basta amar? Sonhar? Se entregar! andar!
Ou não? Melhor dormir?
Melhor sorrir, melhor ser cristão?
Melhor ficar quieto sendo devorado!
Melhor não pensar, melhor parar!
Me chamem de louco, de solitário
De alguém que de esconde na sombra do silêncio
Mas quando apareço, apareço
Como um lobo que quer devorar a presa
Apareço como nuvem quase invisível
Depois como sol, como pedra, como sorriso
Como aparecer? O que ser?
As perguntas sobre essa realidade estranha
Que não cabe a mim,
Que não cabe o tamanho de ser louco
De ser lobo, nuvem, leão, duvidas poesias erradias
Sentimento, fugitivo, sorriso!
É melhor assim esse sanatório que estou
Essa camisa de força que uso
Essas pedras que me prendem
Eu mesmo e o mundo!