domingo, 27 de novembro de 2011

A visita do amor

Eu estava em paz de espirito
Meu humor fluia bem, estava eu alegre
Havia esquecido do que é saudade
Havia me esquecido que você tinha partido

Eu fingia que não tinha perdido nada
Que nada estava fora do lugar
E de repente estava batendo em minha porta
O amor estava em pé perante eu

E depois em momentos desapareceu
Não fez questão de me querer
não fez questão de me amar
Não quis saber se ia eu sofrer

Foi embora, sem tocar meu nome
Esteve aqui apenas para me judiar
Não pediu perdão,não falou da solidão
Apenas passou e se foi, não quis me amar

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dia de discórdia

Há dias de guerra em que só quero paz
Há dias de paz que preciso de guerra
A perdição da não aceitação da verdade
A vontade do que nunca satisfaz

No cotidiano que vai e vem
Com o tempo que não volta mais
Aqui não há mais ninguém, esperando
Na sala abandonada pela verdade

Está com ela apenas a saudade
Desenhada nas paredes por pessoas
Que se esqueceram da origem da vida
Que se foram em lágrimas e tormentos

Estão gritando os lamentos, das almas
Aos ventos restam que levem as noticias
Que faça histórias com os restos
Das pessoas que souberam apenas morrer

A mim resta a nostalgia para qual eu choro
A paz indesejada, a fúria fora de hora
E o tédio da falta de emoção
Assim passam os dias meus de solidão

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

As flores do inverno

Sou eu, o irmão Sol reluzente
Te querendo ver cantando em breve
Chorando por um sorriso seu
Implorando que surja entre a neve

Seja hoje o perfume do dia
Mostre as pétalas, amarelas, vermelhas, azuis
Tão maravilhosa quanto os olhos de meu amor
Tão interessante quanto a curiosidade de criança

Sou eu, o irmão Sol implorando
Meu dia não será bom sem o veludo
Sem as folhas delicadas de verde anil
Em um dia que vai acabando

Antes que eu deixe anoitecer
Quero, flor,deixar-te um recado
Não se esconda em meio a magoas
Não tenha medo de lutar para viver

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Lembranças


Olhos meus que se abriram espantados
O céu vermelho partido em dois
O outro lado quase alaranjado
Assim como o céu de Van Gogh

A ausência das cores do solo
Me trouxeram a noticia de tragédia
Ontem te amei para sempre
Hoje acabou, alguém te levou

Ainda vejo seu sorriso feliz
E as piadas tuas de ontem hoje me fazem chorar
Como você sentia, como amava
Não sabia, na madrugada algo iria acabar

Sempre terei uma lembrança
Um sorriso por ter lhe conhecido

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sabor de veneno

Como o wisk que tanto gosto
Ao vira-lo em um gole
E que queima o estomago
E ferve o corpo

E faz o mundo girar
As palavras se vão
A mente enlouquece
Em momento de tudo acabar

Não foi do wisk a sensação
Estou só no safá
Abandonado do mundo
O sabor do veneno me trás a morte

Creio ser alguém de sorte

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sambenito

Seja condenado pecador inútil
Sujo de corpo e alma em calamidade
De pensamentos e atitude
Será possível a você a piedade?

Te julgarei com frieza assim como sempre fiz
Defenderei minha igreja e os princípios
Depois no banquete farei piadas de você
Por pensar que te condenei quando quiz

Não quero de verdade saber de justiça
Quero apenas humilhar-te publicamente
Use o sambeito pelo resta da vida
A cruz o fará pensar na falta de poder

Na terra eu sou seu Deus
Me obedeça me respeite e sinta o terror
Nada adianta abraçar e chorar aos seus
Quem manda sou eu, o inquisidor