quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Do rio que me lava

A um tempo éramos unidos
Culminados na vontade da felicidade
Éramos sonho fácil
Da rosa morena de pele dourada

Mas o meu ser assim liberto, de tanto livre querer ser
Não sei ao certo, o momento que encontro eu
Do leste a Oeste apenas via as cores do amanhecer
De norte a Sul o vento que cunhava o semblante teu
Fazia-me recordar os olhos do amor que já morreu

Na beira do rio
De água de desce calma
Que leva e lava a alma
Me jogo e me lavo
Faço-me escravo, dos desejos próprios meus

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

No amago de seu novo ser

No seu olhar, no seu alimentar
No jeito de sentar e sentir o vento
No amor seu que jorra dos olhos
No corpo seu que balança com cuidado
Em novo modo de ser, pelo ser amando

E o seu olhar que agora brilha em dobro
E sorri muito além dos dentes
O cabelo corado
Do semblante dourado

A vida que agora alimenta uma outra
Sente dentro de si o outro ser
Que um dia olhará para cima de mãos estendidas
E você feita nova mulher
O vai amar nas velhas tristezas perdidas

No sorriso corado, no cabelo dourado
No semblante sorrindo
E no dente dourado
No alimentar, amamentar

Quem lhe olha agora de barriga sabe
Sem nada dizer
Que de ti vira a luz
Um novo ser que iluminara teu mundo e seu modo de ser