quarta-feira, 20 de junho de 2012

Banho de Dúvidas inventadas

O que é a vida e eu?
O que vem a ser estar vivo e viver?
Uma busca incessante por ser;
Um duelo que nunca acontece.

E na cabeça as perguntas afloram;
Lírio, rosa ou margarida?
É perfume é espinho?
Uma margarida de espinhos talvez.

E mais um vez cá estou, no jardim de duvidas;
Uma flor com caule de mel, será que existe?
Não seria ir longe de mais fazer da vida a busca por ela?
No banho de sol, me molho e me lavo;
Me faço escravo dos próprios interesses meus.

O que não posso é apenas querer pensar; deve existir algo além;
Ter ao menos brilho nos olhos quando faltar a luz;
Ao menos ter suficiente força para caçar;
Que faça sentido procurar uma margarida viva.

Um ritmo da qual ainda luto para aprender a dançar;
É a vida! E estar vivo e ter algo além de respirar;
E ter dentro de si algo a matar;
E ao mesmo tempo dar vida a algo novo para aqueles que observam.

E na madrugada de quase dia penso;
E posso viver além de estar vivo;
Existe além de apenas ser ou querer;
Existe além de respirar, defina isso como lutar. Viver.



quarta-feira, 13 de junho de 2012

Uma multidão de vazio


Meu olhar que te perdeu na multidão
Uma multidão criada por eu próprio
Em um descontrole controlado nos extremos
Mas no fundo sempre houve necessidades

Seu olhar que se foi na multidão
Não houve esforço para o reencontro
Ficou o sabor do beijo, da saudade
Ela mesma que sempre ficou escondida

Um pedaço de papel, um pedaço de coração
Usado de caneta para desenhar o céu
O mesmo que tive quando pude voar com você
O mesmo que pude tocar nos sonhos

Na multidão criada fiquei com a solidão
Fraco, cansado e sem esperança
Mesmo assim alegre, por ter algo a lembrar
Que ao menos uma vez pude te amar




sexta-feira, 1 de junho de 2012

Novo amor de vida inteira

A primeira vez que um novo olho brilha perante os meus
A primeira vez que esse olho sorri para mim
A primeira vez que a boca me encanta, fala sobre inteligencia
O primeiro beijo, o segundo e o terceiro é assim

Conhecer alguém que fára parte da vida inteira
É tão natural quanto respirar ou acordar
Acordar mas conhecer o amor, sonhar vivendo
Conhecer um amor e nem imaginar que alguém faria tanta parte da carne
É tão humano quanto se negar a situação

E o tempo passa, e duas pessoas se tornam uma
E em tempestades se unem, desunem e se reformam, mas são um
Não há mais ninguém que possa trazer a eu tanta cor 
Não imaginava um dia sair de casa e ouvir pela primeira vez a voz do meu amor

É de tanta inocência andar naturalmente e de repente ali esta
O que imaginei não existir, existe, me faz querer abraçar sorrir sonhar e amar
Estar por perto mesmo em maus momentos e ainda mais nos bons
Estar sentindo ser além de individuo para esperar, um outro alguém

Como é bom não imaginar o amor, deixar ele apenas vir pegar em minhas mãos
As vezes sorrindo, e outras horas chorando não importa para mim
O bom é ter amor, naquele dia que sai para aprender o que era amor com seu sorriso
Tudo mudou, está diferente em lugar que ainda não sei

E nas madrugadas atrapalhar seu sono com uma mensagem de durma bem
A primeira estancia não existe sentido, mas é amor, é terror e saudade
Na verdade um turbilhão de emoções, não importa a quem
Sempre existirá surpresas, até mesmo na vez da primeira frase "TE AMO"

Hoje sou pai e filho do sentimento que tenho, ensino e aprendo
Com o tempo eu vou cada dia sendo mais algo que não sei
Mas entenderei, tenho tempo, tenho vida e vontade de aprender
Uma história inteira para entender como pode existir tanto desejo
Como se seu corpo tivesse um imã para meu ser

O primeiro beijo se torna lembrança e história
Se torna sorriso, se torna motivo de querer uma nova memória
É de infantilidade querer o seu cheiro desejar a cor de sua pele
Mas quero mais que tudo deixar que ser somente a mim
Para ser um pouco desse momento de tanta vontade assim





Duvidas de coração


O que será o amor? Apenas fervor da alma?
Será que de fato existe? Não sei ao certo
Mas sinto afinal, algo que me acalma
É seu cheiro, é você!

É você que me satisfaz
Que olho no olho e  vejo, desejo
Tão alvoras de sentimento
Quanto um coração de favo

Se existe de fato amor
É o que sinto então hoje
Tão forte que me faz mover
uma montanha para te ver aqui

É amor, simplicidade de beijo
E ao mesmo tempo complexo quanto humano
É amor de verão que ferve
É amor de inverno que aquece

Tenho de você uma parte
Guardada em minha alma
Calma e cândida que apenas aguarda 
Amor lindo quanto arte

E assim passo os meus dias
Querendo alegrias e sorriso
Um abraço de beijo
Matar hoje meu desejo. Ser você