sábado, 27 de agosto de 2011

Saudade

Tentando reorganizar as coisas em mim
Te encontrei no fundo da gaveta em meio a poeira
Com olhos brilhantes fervi em você

Sem controle, não pude me conter
Beijei você como nos velhos tempos
Te abracei e fiz amor amando
Te quis sem perceber

Senti sua pele quente me esfriando

Não devia ser assim
Te querer tanto com tudo
Querer te fazer em mim

Na verdade foi a saudade que não se foi
Deixei ela comigo te vigiando
Não importa que passe o tempo
Estarei sempre aqui te amando


domingo, 21 de agosto de 2011

A taça de vinho e a escuridão


A taça de vinho está jorrando sangue
Sei, que não é nada além do normal
É como as coisas vão se fazendo
As gotas que tocam o chão abaixo dela
Representam uma lágrima que caiu descuidada

Nada representa, a representável realidade
Que na verdade, os sinais não exitem de fato
O que nos move é a vontade de enganar
Enganar a todos que somos fortes e felizes
Não importa o que vir, tudo pode se suportar

A pesada escuridão ao redor da taça de vinho
Não representa a solidão dos pesadelos insuportáveis
Sim uma escolha de não precisar de outras pessoas
A escuridão não mostra o horizonte dourado
Na verdade ela apenas serve para que não aja sonhos

A escuridão serve de apenas felicidade para um pobre louco
Que se define em imaginar como seria as coisas além
A escuridão ajuda-o a fantasiar a luz da vida
E que além dela o cala o verdadeiro amém escuro
Sem nada além de suas loucuras fantasiosas.

A noite de sempre


Vivo no passado, desesperado
Tentando me atualizar
Ao mesmo tempo querendo te encontrar
Sei que a vida não passará
Que o passado é minha triste sina

As palavras sentimentais no passado
Como promessas de um futuro impossível
Comigo presentes que planejei entregar
Mas que ficaram aqui no fundo
Guardados as sete chaves

Não importa o quanto eu tentar
Seus sinais ficaram feito chagas em mim
As mãos soam sangue mergulhadas na escuridão
De olhos que não enxergam mais
As tristes poesias da noite

A água continua pura e limpa
O oxigênio irrespirável como sempre
O gosto musical que mudou
Continua o mesmo de sempre

Só o passado ao lado
E embaixo do braço as dores que ficaram
Ao lado do meu copo de vinho
Está a imperfeição da morte
E nada será diferente

O coração que bate constante
E sempre com a mesma tristeza
Nada o dá vontade de saltar
Em frente a lareira vazia
O que lê tem é a vontade de parar

E o tempo continua lá fora.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sim, eu te amo!

Sim eu te amo!
Mas o que dizer do amor?
eu próprio não acredito
Mesmo assim uso essa expressão
E vós digo que amo

E deixar o caração falar...
...Mesmo quando ele não tem tempo...
Nem mesmo a respirar
Deixar as mãos se controlarem...
...Mesmo sabendo que elas irão...
a tua procura no fim do mundo
Isso é amor?

Deixe as coisas sem respostas
Não as preciso ou não as interessa
Na verdade nada importa
Se vai embora amanhã ou não
Se as coisas mudarão de forma drástica

Só hoje te responderei
Te falar deste sentimento que nem mesmo eu sei
Não sei o que significa, no que implica...
... e onde mudam as coisas

E se nada interessa
Tudo importa, na verdade
Penso sobre o que pensas
Só para me sentir mais você
Para hoje matar a saudade
Dos minutos que não a vi.

Falarei hoje mil vezes
Do que não sei, do que não entendo
Só quero ser mais humano
Falar e não pensar em significados
Falar para você o que desejas ouvir
E dormir em paz, com que me faz...
...Querer esquecer sobre o que não sei.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Caminho

Andei por ruas, vilas e cidades
Passos apresados sem tempo a perder
Procurando alguém como você por todos os lugares
Não encontrei em lugar nenhum

Tenho a sensação que nada vai mudar
Que os costumes serão sempre os mesmos
Não adiantará por outra pessoa em seu lugar
Os olhos querem ver apenas a ti
Meu corpo pede você aqui
Minha boca chora de saudade
Querendo o beijo que nunca aconteceu

Seu amor nunca foi meu
Não importa, nada mudaria
Te amar foi suicido que minha alma cometeu

Os dias correm e somem
Deixando as pernas ainda mas cansadas
Que não cessam a procurar
Alguém que as fará amadas, de verdade

Pode ser maldade ou egoismo
Mas muitas coisas não se escolhe
Meu corpo apenas se encolhe
E aceita, apesar de ser o que deveria

Prefiro viver e me enganar
A morrer
De amor
Por alguém que nunca mereceu

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Nostalgia

Sabe aquelas lembrança que temos?
Quero revive-las todas
Quero seu corpo quente
Suas mãos e seus olhos

Sabe aquele dia perfeito que se foi?
Quero revive-lo mais uma vez
Quero as pessoas na praça
E os pássaros cantores

Sabe quela hora que te conheci?
Quero viver cada minuto dela
Quero seu sorriso brilhante aqui
E o som a nossa volta

Sabe aquele amor que tínhamos?
Quero ele de volta para sempre
Quero seu toque carinhoso
E o abraço que segurava tudo

domingo, 7 de agosto de 2011

Dor de uma valsa falsa

Nunca mais deveria existir a luz
Para sempre a vela havia se apagado
Nunca mais deveria existir esperança
Era esse o seu legado

E algo brilhou por um instante
Alguém se atreveu a acende-la novamente
Foi os olhos que se levantaram e sorriram
Foi o amor que se atreveu a retornar
Com nova intenção de matar
E quem o recebeu não se importou em sofrer
Sabia que a luz se apaga quando queima o pavio
Depois o corpo chora de frio, sozinho
Sem outro corpo para esquentar

Maldita boca que pronunciou uma sombria poesia
Uma música gótica com som de valsa e vestido preto
E sapatos vermelho simbolizando perigo
É melhor que a porta se mantenha fechada
Sem que nenhum som entre e traga a luz da lembrança
Fazendo que a vela se acenda e que o corpo dance
É melhor que nada aconteça
É melhor que a alma descanse.