domingo, 21 de agosto de 2011

A noite de sempre


Vivo no passado, desesperado
Tentando me atualizar
Ao mesmo tempo querendo te encontrar
Sei que a vida não passará
Que o passado é minha triste sina

As palavras sentimentais no passado
Como promessas de um futuro impossível
Comigo presentes que planejei entregar
Mas que ficaram aqui no fundo
Guardados as sete chaves

Não importa o quanto eu tentar
Seus sinais ficaram feito chagas em mim
As mãos soam sangue mergulhadas na escuridão
De olhos que não enxergam mais
As tristes poesias da noite

A água continua pura e limpa
O oxigênio irrespirável como sempre
O gosto musical que mudou
Continua o mesmo de sempre

Só o passado ao lado
E embaixo do braço as dores que ficaram
Ao lado do meu copo de vinho
Está a imperfeição da morte
E nada será diferente

O coração que bate constante
E sempre com a mesma tristeza
Nada o dá vontade de saltar
Em frente a lareira vazia
O que lê tem é a vontade de parar

E o tempo continua lá fora.

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