Um novo som no antigo instrumento da parede velha
Foi a brisa da tarde que o afinou de forma diferente
Uma nota que reviveu, mudou o antigo fim morto
O acorde da alegria, que tocou até os pendulos do relogio
Até então eu era o que não poderia ser
O que jamais agradou a alma
Agora é necessrário pouca coisa, basta ter
Ter, todo os dias essa nota entrando com a vento
Tomando a mim e o pensamento, nas noites
Foi um aguto simples e tudo mudou
De alguma forma tocou, mesmo desafinado e sem esforço
Como um esboço, e eu sabendo que não passa de rabiscos
O que anima, pois melhora, é possivel tocar e ter
Nas cordas finas me encantei, me perdi, me encontrei
E agora, toca na chuva, nas caixas de som, no tecer de um sentimento
Um agudo infinito, que faz sucesso mesmo em vinil
Que vai sempre, estar aqui, perto de mim, a qualquer momento
sábado, 24 de março de 2012
domingo, 11 de março de 2012
Uma fronteira de imaginação
As vezes chuto o muro achando que a culpa é dele
Mas sempre há tempo de lembrar o fato das coisas
Do que se foi na água forte no lago do tempo
Só queria ter o poder de inspirar
Ter algo em meus braços, que fosse de desejo
Nas noites e dias, em que não há nada além de amar
Quando as estrelas estão muito longe
As distâncias que só se pode saber medindo, não existem
Está errado os lugares das coisas, todas misturadas
Para que fosse certo, teria que ser diferente
Separação que não é feita por fronteiras, sim pela vida
Ali do lado está o desejo, a alegria e felicidade
À alguns passos, da estrada em frente
Além do portão fechado, era apenas ter algo a mais
Um livro de folhas amarelas, um papel de poema
Coisas simples ali ao lado sempre chamavam
Com voz carinhosa, e uma TV de filmes
De verdade as fantasias normais de dia dia
As fronteiras muitas vezes não são o problema
O problema e a simplicidade que encanta
Que canta, ressita e dança, que me puxa
E quer tirar-me do lugar de origem
Mas meus pés estão no chão sem vontade e coragem para voar.
Mas sempre há tempo de lembrar o fato das coisas
Do que se foi na água forte no lago do tempo
Só queria ter o poder de inspirar
Ter algo em meus braços, que fosse de desejo
Nas noites e dias, em que não há nada além de amar
Quando as estrelas estão muito longe
As distâncias que só se pode saber medindo, não existem
Está errado os lugares das coisas, todas misturadas
Para que fosse certo, teria que ser diferente
Separação que não é feita por fronteiras, sim pela vida
Ali do lado está o desejo, a alegria e felicidade
À alguns passos, da estrada em frente
Além do portão fechado, era apenas ter algo a mais
Um livro de folhas amarelas, um papel de poema
Coisas simples ali ao lado sempre chamavam
Com voz carinhosa, e uma TV de filmes
De verdade as fantasias normais de dia dia
As fronteiras muitas vezes não são o problema
O problema e a simplicidade que encanta
Que canta, ressita e dança, que me puxa
E quer tirar-me do lugar de origem
Mas meus pés estão no chão sem vontade e coragem para voar.
quarta-feira, 7 de março de 2012
A antiga terra
Pela saudade que guiou até aqui. Eu volto
Pela face nu que ficou no antigo leito
Onde morro, onde sofro, onde dói
Onde nada se constrói, se desfaz, se vai.
Tudo é pó argiloso, sem solidez nos pés
Apenas com arma na poeria de chuva
Apontada as poças de sertão, do Verão
Apenas sonho de ombridade
Noites são sementes de nuvens moldadas
De tufos de algodão no piso
Com teto tomado de imagens
Que serve de transporte a insonia
Quando nada resta nas mãos caladas
E se nada tenho além da nudes, por que voltei?
Nada se faz, vim ao imenso nada outra vez
A procura das lembranças inventadas de na ter
E nada ser, de verdade, apenas saudade
Pela face nu que ficou no antigo leito
Onde morro, onde sofro, onde dói
Onde nada se constrói, se desfaz, se vai.
Tudo é pó argiloso, sem solidez nos pés
Apenas com arma na poeria de chuva
Apontada as poças de sertão, do Verão
Apenas sonho de ombridade
Noites são sementes de nuvens moldadas
De tufos de algodão no piso
Com teto tomado de imagens
Que serve de transporte a insonia
Quando nada resta nas mãos caladas
E se nada tenho além da nudes, por que voltei?
Nada se faz, vim ao imenso nada outra vez
A procura das lembranças inventadas de na ter
E nada ser, de verdade, apenas saudade
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