domingo, 11 de março de 2012

Uma fronteira de imaginação

As vezes chuto o muro achando que a culpa é dele
Mas sempre há tempo de lembrar o fato das coisas
Do que se foi na água forte no lago do tempo

Só queria ter o poder de inspirar
Ter algo em meus braços, que fosse de desejo
Nas noites e dias, em que não há nada além de amar
Quando as estrelas estão muito longe

As distâncias que só se pode saber medindo, não existem
Está errado os lugares das coisas, todas misturadas
Para que fosse certo, teria que ser diferente
Separação que não é feita por fronteiras, sim pela vida

Ali do  lado está o desejo, a alegria e felicidade
À alguns passos, da estrada em frente
Além do portão fechado, era apenas ter algo a mais
Um livro de folhas amarelas, um papel de poema

Coisas simples ali ao lado sempre chamavam
Com voz carinhosa, e uma TV de filmes
De verdade as fantasias normais de dia dia
As fronteiras muitas vezes não são o problema

O problema e a simplicidade que encanta
Que canta, ressita e dança, que me puxa
E quer tirar-me do lugar de origem
Mas meus pés estão no chão sem vontade e coragem para voar.


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