Estava eu ao espelho vendo as cores do meu olho
E percebi que já não me via mais como imaginava
As cores mortas no espelho, mostrando que a esperança acabava
Que de criança inocente só restava a inocência
Vi então pela janela os dias que eu passava sem perceber
Que agora estão cheios de pessoas vazias
De bocas pintadas por batons que não regram mais o que dizer
Bocas coloridas cheias de palavras macias
Mas que de nada valem, se não a tem como valor
Onde estão os caras pintadas?
Que faziam da inteligencia algo interessante e revolucionário?
Estão no armário ou mortos pela falta de vida?
Em que momento veio a mim essa solidão?
No espelho esperava a solução
Se por acaso em um caso ela se case com o ser
E que retome o poder
De não pensar e nem falar em vão
E apenas na saudade das mascaras teatrais
Que desenhavam arte em um palco
E não das pessoas que eram para ser leais
Que fizeram minhas diferenças se tornarem tão iguais
Nenhum comentário:
Postar um comentário