segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sempre me lembrarei de você

A ultima coisa que eu queria ver era você
Você como a ultima coisa que eu queria ver
Chorando como uma criança sem saber
Uma despedida fúnebre inconsciente

Se eu soubesse que aquela seria a ultima vez
Tudo seria diferente, mas como saberia?
Justo eu que nada sei, e como saberei?
Onde estará agora? Além de um lugar
Chamado minhas lembranças boas

Olá meu amor, ainda sou seu, mesmo não sendo
Como fugiu o destino que planejei
Estarei sempre aqui ao longe te vendo. Respondendo
Nada muda ao menos em meus planos

Como posso ter deixado ir o meu amor?
Fui descuidado, não vi escapar de minhas mãos
Não basta o extremo arrependimento
Aqui está morta sua vida, só não as lembranças

Não me importa se houve um verdadeiro fim
A verdadeira dor é saber que existe felicidade
Além do que planejei para você. Além de mim

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Psicologa

E havia forma de amar uma prostituta?
Digo que não, há apenas formas de paga-lá
E se a companhia for boa de verdade
O louco voltará para conversar a noite

Seja de verdade companheira ou não
Não há formas de se relacionar naturalmente
Tire do bolso abra a mão
Pague sua amiga e psicologa barata

O divã de madeira onde não se deita
É diferente ela não apontará a ti a solução
Apenas ouvirá por não ter escolha
Nem para onde ir, ganhando para gastar com bobagens

Ó prostituta peço que me ouça também
Me fará algo diferente que a psicologa não faz
Fará algo a mim, que fará bem
Sem contar o quanto economizo

Não pense que sou capitalista ao extremo
Apenas não sobra dinheiro para algo melhor
Será essa não a melhor forma nem a mais divertida
Será esse a único jeito de curar a depressão escondida
No fundo do meu baú sujo e com odor

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cólera

Que me cegou com fendas e ameaçou.
Que estava ao lado e não esperei passar.
Foi o que aconteceu, matou.

Morreu de verdade, em carne de sangue.
O fogo saltou e incendiou tudo na vista.
Aconteceu, foi o que matou.

E o brilho nos olhos vermelhos sumiram.
Com a cólera se foi o calor vital.
Que iluminava os sonhos.

Onde está sua alma?
Em meio aos espectros sujos?
Está aqui a decisão, de ir busca-lá.

Das coisas que disse, creio que essa seja solida.
Que se case com o cimento e erga parede forte.
Que não seja mais uma vez a ilusão escondida na cólera.

Estará a minha espera com o perdão em mãos.
Que esteja em banho cândido.
Será assim que acontecerá. Abraço.

Que exista o além, além de mim.
Ou que ao menos eu tenha o poder de sonhar.
Que acontecerá abraço. Será assim.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Entre a vontade e a realidade

Vontade de subir o mais alto possível
Voar entre o céu e o inferno livremente
O que tenho é uma prisão horrível
Onde penso como seria, como eu poderia. Viver
De forma diferente, longe do que mata

São escolhas que decidem o caminho
A prisão está aberta, a frente a liberdade
Mas os pés estão no chão, cravados, enterrados.
Aqui está uma raiz dos velho tempos
Penso que aqui eles voltarão com saudade

Não posso demorar muito aqui meu amor
Peço que volte logo, a mim não resta muito tempo
O solo está com uma fenda que se abre
Venha e me leve, leve com o vento

Não demore, não me faça escolher
Não quero ficar entre o sim e o não
Não quero escolher entre calar ou falar
Meus olhos mudaram assim que fui livre
Há uma razão que faz querer viver na masmorra

Não se esqueça que o tempo está passando
Poderei me manter aqui por tempo determinado
Enquanto estiver, estarei, aqui e em você
Só não quero que demore muito
O relógio está correndo e o tempo acabando.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

No horizonte estava ela

A imagem montada em minha mente não é mais a verdadeira
Eis que seu semblante moreno mudou com o tempo
Sua voz e seu olhar mostram maturidade de vida

Imaginei te ouvir ao ver-te no horizonte
Os passos sempre apresados não mudaram
Passou, foi mais uma vez com o aroma
Que desejei sentir em meu lado onde sempre esteve

As noticias que tenho de você são trazidas pelo vento
O único amigo em que posso confiar de fato
E aguardo acinosamente ao frio do relento
Desejando que ele me diga o que sempre sonho

Ela perguntou de você, disse que está com saudade
E eu exalto em alegria de verdade ociosa
E sorrindo na mentira, esperando que fosse verdade

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Verdade


Ódio de pessoas que na verdade não são nada?
Saudade daquelas que te respondiam com eduacaçõa?
E se a resposta for sim? Eu seria pior do que sou?
Acho que  nada mudaria, acho que não

Eu sei quem sou, e se preciso provar algo não sou eu
O que sei é que algo está errado, que na verdade é tudo mentira
E se você ainda pensa em se iludir, sei que não sou nada
Então porque pensar sobre o que sou?
Se nada verdade nada sou e nada importo?

O que sei é que sou dependente da dopamina que só você me dá
Que só você fornece ao pobre abstinente chamado eu
E cada momento é você que me faz sentir
Faz sentir, e morrer de vondade de viver
O que um dia já foi o que morreu
O que me fez viver ao menos um minuto  de verdade