Minha sede de viver
Não pode ser saciada pelo simples fato de respirar
Minha fome de gente
Não pode ser saciada por mulheres comidas
Tenho sede de viver
Tenho vontade de vir e ver
E não basta da água beber
Não basta ter olhos abrindo e fechando, piscando
Minha sede de viver
Pode ser matada se a água eu beber
Mas que seja da água do riacho que me banho
Que seja da água da chuva que me faz pular na rua
Espero algo mais da vida
Quero bons livros ler
Quero rimar e ouvir Carlos Gomes
Quero mais que respirar, quero, AMAR
Quero a vida e não apenas viver
Que seja eu assim o desespero
A tristeza por um dia não ver arte
Um dia de ócio faz parte
Mas a mim dias assim fazem mal
São tempos perdidos
No relógio de ponteiro
Da vida espero sim
Ter a alma calma
E ao mesmo tempo em reboliço
Por não ter feito isso, e ter outra coisa escolhido
Não importa o que aconteça
Basta que não apenas respire
Que o coração não apenas bata
Mas exploda e bagunce a cabeça
E de olhar nos livros de rima
Ou mesmo na literatura
Que se encontre uma partitura para o subconsciente
Que acalma a agente
E sacie a sede de viver
Se não houver tempo para a chuva
ou d´água daquele riacho beber.
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