sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Nefasta

Foi a Nefasta que me fez isso, estava muito bom
E até a ela dei um apelido. Nefa
Foi quem me deixou na rua lamentando
A culpa não foi de nenhum de nós. Aconteceu

Nunca foi de verdade, o fervor pavoroso
Não foi mentira também, aconteceu
Mas foi inventado.
E de tanto inventar acabamos acreditando

E embuçado em uma verdade de mentira
Me deixei levar pela Nefa tão bela
E não havia forma diferente e ficar. Como ficaria
Na verdade eu sabia, do que seria capaz

O modo que as coisas se fizeram não legaram o final
O que se sabia era apenas que chegaria a verdade
Ditaram sim, mas nada além disso
Algum momento, sabíamos que alguém morreria

Fazer algo errado não é fato que virá o arrependimento
É apenas o sentimento de heroísmo na vida
Mesmo assim estou triste aos lamentos que ouço
Que não se calam e me fazem fechar os olhos

Meu corpo repousando no chão frio
Não é um sinal de sofrimento nem de solidão
Não é sinal, é apenas um gesto incocinente
Em mostrar ao mundo a vontade de repousar um dia

Acabei por aceitar o que antes era o medo

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