Há um cubo, feito de carne e aço
Espessura grossa e tamanho ao acaso
E ali dentro está eu comigo mesmo
Sem espelhos aos redores o que evita que me encare
A distancia entre as laterais e meu corpo foi moldada por terceiros
Onde cada qual trouxe um pedra, de carne e aço e atirou a mim
A pedra batia no corpo e se acentuava posteriormente ao lado
E assim se ergueu as paredes do cubo
Onde encontraram pedra de carne e aço para jogar em mim?
Justo a mim que nunca quis ser mais que mais um mero
E hoje morro, já não me lembro como é uma face
Mas imagino e o tempo passa com imaginação de como seria
Quis eu um dia ser o sol, ou ao menos uma nuvem
Fogo era sonho também, mas me contentaria em ser fumaça
Mas não importa o que eu faça jamais serei
E agora aqui preso apenas espero a idade
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