quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Olho colorido

Olhar pretinho da nossa cor. Meu amor!
Olhar castanho, que estranho, seu calor!
Olhar de areia, minha sereia, do jeito do céu
Olhar, esverdeado, quando me deixa de lado


Por que olha assim? Quer um pedaço de mim?
E se sim? o que faço? se não sei que olho é esse
É de meu interesse saber.
Me fazer Sherlock Holmes e desvenda-lo


E esse olhar vermelho? eu não podia olhar pra moça da rua?
Só por que ela está nua? Ou são os cabelos ao vento?
E esse olhar prateado? É que me quer inteiro!
E esse olhar desordeiro? Vai acabar com nossa história?


E agora esse olhar amarelo...  
...Para dizer que vai embora
Fique meu amor, fique, eu te quero
Vamos aproveitar essa nossa pouca hora

Depois vai bater meia noite no ponteiro
E vira você com olho de criança
Dizendo que deve ir para não perder a carruagem
Me deixará aqui, com apenas um sapato de lembrança

Não me venha com olhar amarelo
Não me venha com olhar de criança
Fique de olho prateado
Fique com olho de mulher! Que faz todas as outras cores
Fique colorindo você, enquanto te olho!





domingo, 23 de dezembro de 2012

Onde moras?

Um dia vieram perguntar-me onde mora a felicidade
Ora minha senhora decifra a mim quem é ela!
Um dia vieram perguntar-me se sou feliz, que maldade!
Eu diria sim - Se ela de fato existisse - Pois eu não creio

Um dia vieram a mim perguntar onde moro
Eu disse lá! Moro lá! Respondi imaginando
Diz sempre eles:
"Vamos lá, gostamos de lá, Vou lá
"Sempre vamos lá, é lá que somos felizes
"É lá que tenho sorriso fácil
"É lá que encontro um olhar diferente, que come agente
"É de lá que sinto saudade"

Seria melhor resposta ali?
Pois sempre dizem:
"Vamos ali! gostamos dali, vou ali

"Sempre vamos ali, é ali que somos felizes
"É ali que tenho sorriso fácil
"É ali que encontro um olhar diferente, que come agente"


Meu lugar, é Lá ou ali?
Foi então que percebi,
 que a resposta não importava

Quando a chave gira na maçaneta
A casa de lá ou dali está vazia
Tal como no meu rosto está ausente o sorriso
Cheio de saudade, enquanto ela ganha presentes
Colares e brincos, ora que maldade

Mesmo todos lá ou ali
Aqui, estou eu sempre morando
lá ou ali, sempre vazio
Sempre sonhando, sempre sozinho




sábado, 22 de dezembro de 2012

Eu não quero perder nada


Eu poderia ficar acordado só para ouvir você respirar
Ver o seu rosto sorrindo enquanto você dorme
Enquanto você está longe e sonhando
Eu poderia passar minha vida nessa doce redenção
Eu poderia me perder neste momento para sempre
Todo momento que eu passo com você
É um momento precioso

Não quero fechar meus olhos
Não quero pegar no sono
Porque eu sentiria a sua falta, baby
E eu não quero perder nada
Porque mesmo quando eu sonho com você
O sonho mais doce nunca vai ser suficiente
E eu ainda sentiria a sua falta, baby
E eu não quero perder nada

Deitado perto de você,
Sentindo o seu coração bater
E imaginando o que você está sonhando
Imaginando se sou eu quem você está vendo
Então beijo seus olhos e agradeço a Deus por estarmos juntos
Eu só quero ficar com você
Neste momento para sempre, para todo o sempre

Não quero fechar meus olhos
Não quero pegar no sono
Porque eu sentiria a sua falta, baby
E eu não quero perder nada
Porque mesmo quando eu sonho com você
O sonho mais doce nunca vai ser suficiente
E eu ainda sentiria a sua falta, baby
E eu não quero perder nada

Não quero perder um sorriso
Não quero perder um beijo
Bom, eu só quero ficar com você
Aqui com você, apenas assim
Eu só quero te abraçar forte
Sentir seu coração perto do meu
E ficar aqui neste momento
Por todo o resto dos tempos

Não quero fechar meus olhos
Não quero pegar no sono
Porque eu sentiria a sua falta, baby
E eu não quero perder nada
Porque mesmo quando eu sonho com você
O sonho mais doce nunca vai ser suficiente
E eu ainda sentiria a sua falta, baby
E eu não quero perder nada.

Não quero fechar meus olhos
Não quero pegar no sono
Porque eu sentiria a sua falta, baby
E eu não quero perder nada
Porque mesmo quando eu sonho com você
O sonho mais doce nunca vai ser suficiente
E eu ainda sentiria a sua falta, baby
E eu não quero perder nada.

Não quero fechar meus olhos
Não quero pegar no sono
Eu não quero perder nada

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O extinto humano


Pensar no que passou
No que sou e no que quero
Conquistar uns cabelos de fogo talvez
Ou umas frases doidas tatuadas em um corpo

Corpo que deixa louco, que traz a tona
O extinto que move o animal o canibal
Desperta a fome insaciável
Faz querer prazer, cheiro, beijo, tesão

Quem se diz humano, sabe do que falo
Quem se diz humano, sabe o que sinto
E não minto quando digo
Que prazer da carne é o que vale a pena

E mil vezes me vem a cabeça as mesmas fantasias
Como é bom sentir aqui um pescoço
Um par de pernas e nem falarei do resto
Que "detesto" como se pode perceber

Me entrego aos instintos de animal
Enlouqueço nos pensamentos
Pensando no momento que passei
E que ainda terei, quem sabe

O que sei é ser humano
É querer aquele corpo de mulher
É querer o sexo, o sorriso e o olhar




segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O tempo de ser poeta

Que palavra te define?
Que palavra define a esfinge?
Qual será sua frase?
Decifra-me ou devoro-te?

Cada, palavra, tem, seu, tempo
Sua, virgula, seu, sentimento!
Seu, momento, para que?
Para se fazer entender na entre linha

Essa palavra tão minha
Feita de tempo, de suspiro!
Essa palavra tão própria
Que sai, letra-a-letra

A palavra minha é poesia, que rima com tudo
Feita de junções de coisas e de expressão
Em cada passo, uma parada, uma olhada
A buscar por uma pessoa feita de arte

Faz parte buscar, esperar!
Para dar sentido a essa palavra minha
Poesia! Espero fazê-la
Espero ainda uma pessoa bela para rimar





domingo, 25 de novembro de 2012

Elogio a Loucura

Em plena luz do dia, a cabeça ferida
A fonte jorrando, olhando, pensando...
Em plena luz do dia, a cabeça jorrando
O interno chorando e eu sorrindo

Sob os pés meu lugar! Meu lugar?
Loucura compartilhada com o fugitivo
Sob o programa que procura o que querer
E sobre tudo esperando aquele olhar negativo

Fugitivo dos sonho próprios
Programa inédito do mesmo ciclo de sempre
Olhar negativo que entende a loucura, mas se espanta
Loucura, sobrenatural, surreal a minha alma

Uma jornada as estrelas no raio de lua
Uma busca insana sobre a própria identidade
Busca pela verdade e pelos verdadeiros sonhos
Que se esmagam para caber no peito

vivendo esmagado com pedaço a ser explorado
Louco! Marginal, Fugir para onde?
Quando se foge do próprio ser?
Basta amar? Sonhar? Se entregar! andar!

Ou não? Melhor dormir?
Melhor sorrir, melhor ser cristão?
Melhor ficar quieto sendo devorado!
Melhor não pensar, melhor parar!

Me chamem de louco, de solitário
De alguém que de esconde na sombra do silêncio
Mas quando apareço, apareço
Como um lobo que quer devorar a presa

Apareço como nuvem quase invisível
Depois como sol, como pedra, como sorriso
Como aparecer? O que ser?

As perguntas sobre essa realidade estranha
Que não cabe a mim,
Que não cabe o tamanho de ser louco
De ser lobo, nuvem, leão, duvidas poesias erradias
Sentimento, fugitivo, sorriso!

É melhor assim esse sanatório que estou
Essa camisa de força que uso
Essas pedras que me prendem
Eu mesmo e o mundo!



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

menina verão

Ah! se ela quisesse ser minha paixão
Abraçar meu coração, meu pensamento
E sorrir natural como menina espacial
Que voa no vácuo do sentimento

Venha ser meu amor
Menina flor, menina verão
Garota veneno que explode meu peito
Enquanto admira meu terror

Ela chega perto fica nua se insinua
Me deixa leve, perto de céu
E vai embora falando de amizade
Me deixa com saudade de ver seu corpo de mel

Depois passa em minha janela
Sabe que é ela que eu quero
Joga o cabelo, balança o corpo
Sabe que eu a espero a venero

Pintei minha calçada para ela passar
Para ver essa amiga deixar pegadas por ali
Para ver esse sinal fácil baixinho
Que implora a mim um pouco de carinho
E depois o nega, apenas sorri.

Ah! que sorriso gostoso
que boca de carne
Que maravilha ser maravilhoso
Em mim mesmo, por poder lhe desejar

sábado, 20 de outubro de 2012

Ao ser ao poder





Aos índios, aborígenes e loucos
Para a normalidade, para a massa os escravos
Para aqueles que ao mesmo tempo que vivem e morrem aos poucos
As companhias do as vezes por perto

Não sei ao certo, o poder do veneno
Nem dos espectros que dizem-me palavras doces
Mas batem em meu corpo ao mesmo tempo
Em que me mandam para o vento de sol

A mim mesmo agora cantante
Ao outro que na certeza tomara o ser
E levará o que o meu bem levantou
A tudo deixo em algum lugar palavras bem grafitadas de bem querer

Que quando houver ausência de mim mesmo
Aqui seja o ponto de encontro
Entre eu alegre e o senhor estranho
Que toma minha história e leva todo meu ser e poder

Que quando houver ausência de mim mesmo
Apareça algum pote de doce com colher e boa vontade
Uma boca cheia de palavras tranqüilas
E um olhar de saudade que chame de volta meu poder
Para vencer a tempestade de ser eu

Que seja forte o forte construído
Para não haver fissuras abertas depois
Que suporte essa loucura de ser você e eu
Pois não a dor maior que porto caído

Algumas estrofes sem nexo
Mas de formato geral forte
De desejo de deixar em palavras
Memórias de um velho louco


sábado, 8 de setembro de 2012

11 de setembro



Eis que surge no céu da nação uns pássaros de lata
Planejando  história, fazendo heroísmo 
Cansado da vida, cansado do pão velho amassado
Cansado de tanto ter que beber, óleo negro apenas

Os pássaros tinham olho de águia, focado em sua presa
E com forças reunidas para caçar foi ao alvo sem vacilar
E comeu tanta carne e concreto que foi a ultima refeição
Um pássaro, um lindo urubu em cima de um banquete tão fresco, antes tão farto

E uma nuvem de dinheiro se levantou
Enquanto caia como uma pena um amontoado de cabeças
Que ouviam gritos aplaudindo e chorando, 
 Era vitoria? Era dor? Era terror! Era um olho sorrindo

Morreu o pássaro feliz?
Abaixo dele corpos vestidos de azuis vermelho e branco
E ao redor deles, pessoas verdes, amarelas,
 brancas, pretas, laranjas e todas as outras cores de bandeira

Apenas uma maneira de não saber
O que significa um amontoado de memórias
O que ser ou dizer, uma vida ou morte
Uma sorte de ter no chão um dente de gigante.




domingo, 26 de agosto de 2012

Uma casa sem teto mas politica

Bem vindo meu Sr. ao lugar onde vivo humildemente
Quem diria que tu voltarias depois de tanto tempo
E ainda trazendo consigo tinta e pincel
Para pintar minhas memórias e criticas
Para pintar meu céu, o relento

Sei que a visita é de certo interesse
É rara e rechiada de palavras mentirosas
Que se tornarão promessas ociosas pelos próximos anos
Na consciência sei que nem meu nome sabe de fato

Ora meu senhor, entre aqui em meu lar e aceite minhas desculpas
Pela calça velha, pela camisa rasgada e a falta de chinelo
Pela casa sem teto, sem saneamento, sem café a lhe oferecer
Saiba que o que eu mais queria era receber-lhe bem

Desculpa pela falta de segurança
Pela falta de conforto na parede de lada
Pela falta de esperança no olho
Perdão por nem mesmo entender suas palavras difíceis

Queria eu ter um salário e lhe comprar boas comidas para o receber
Queria eu ter sofá e chamar a ti para sentar
E ainda ter estudo o bastante para entender a politica
Queria que minha rua tivesse nome
Para que o senhor não a encontrasse apenas a cada quatro anos





domingo, 19 de agosto de 2012

O que lhe faz cantar?

O que lhe faz cantar, uma poesia?
Que as vezes trágica lhe trás uma lágrima
Que as vezes bela  traz-lhe alegria
Com a emoção de um novo acorde

O que é poesia além de um amontoado de palavras loucas?
Além de um beijo doce ou olhar de saudade
Na verdade, tudo é, até mesmo as rimas do silêncio com o vento
Do momento que vai além do fim da vista

Descubra que o vento é a brisa do horizonte
Que no cume tem força, que no chão acaricia
Assim escolha o que pretende usar de rima com vento
A agitação de um cume, ou a paz da terra

Em dias de guerra, a face é sangue
A poesia é arte, a foto é memória a narração é história
Na linha do asfalto há o limite entre pular e morrer ou ficar e viver
O que lhe faz cantar, a alegria?

O sol sabe cantar assim como a lua
No ar uma canção de cores chamado dia ou noite
A melodia da cansão depende apenas do relógio
O gênero depende da pessoa se será gótica ou punk
A escolha é de quem vive, que quem responde
O que lhe faz cantar?


domingo, 12 de agosto de 2012

Um sorriso numa blusa rosa

Era um dia qualquer de vida
Até que por força do destino veio até mim um sorriso
E aquela foi a hora que algo mudou aqui
Simples assim, um sorriso numa blusa rosa

E duas palavras depois o sorriso se apagou
Isso não poderia ser,decidi, o recuperei com um beijo
Assim foi melhor, de beijo em beijo fazendo sorriso
Que brilha em meus olhos que antes sempre eram desinteressados

E qual a magia de um sorriso me conquistar?
E depois foi tanto interesse meu em refaze-lo!
Esse sorriso é meu sonho minha força a marca de um amor
E de palavra em palavra após beijo e beijo de sorriso fui me perdendo me conquistando

E num mundo tão grande como pode esse sorriso conquistador
Vir para tão perto num lugar que não gostava, só pode ser amor
Pode ser Deus com destino, o mundo com planos
Era um encontro eterno que vai durar para sempre

Esse sorriso se vai, que tão longe não posso servir um beijo para revive-lo
E como queria, uma proximidade, uma saudade que morre
Por que foi tirado de mim o poder de ter um sorriso tão lindo?
Sorriso que me olhava e amava, sorriso que se tornou meu mesmo em outra face

E de tão longe me veio para ser próximo
Como imaginar que dentre tantas coisas meu interesse seria apenas um sorriso?
Como imaginar que dentre tudo, eu puxaria a mão do sorriso para perto
Como imaginar que um sorriso me explicaria que existe a eternidade

Sim! Para sempre é muito forte e é o que será
Para sempre mesmo longe terei perto de mim esse sorriso
Do outro lado do mundo estará sempre por perto e para sempre
Sempre aqui no amago de minhas lembranças

Não há como esquecer o que era para sempre ser
Que não posso mais ter por perto de modo material
Mas estará, colado todos os dias em mim
Perto onde posso ter-lo quando quiser
Basta fechar os olhos e visitar o que será para sempre meu eterno.

domingo, 5 de agosto de 2012

Cubo de carne e aço

Há um cubo, feito de carne e aço
Espessura grossa e tamanho ao acaso
E ali dentro está eu comigo mesmo
Sem espelhos aos redores o que evita que me encare

A distancia entre as laterais e meu corpo foi moldada por terceiros
Onde cada qual trouxe um pedra, de carne e aço e atirou a mim
A pedra batia no corpo e se acentuava posteriormente ao lado
E assim se ergueu as paredes do cubo

Onde encontraram pedra de carne e aço para jogar em mim?
Justo a mim que nunca quis ser mais que mais um mero
E hoje morro, já não me lembro como é uma face
Mas imagino e o tempo passa com imaginação de como seria

Quis eu um dia ser o sol, ou ao menos uma nuvem
Fogo era sonho também, mas me contentaria em ser fumaça
Mas não importa o que eu faça jamais serei
E agora aqui preso apenas espero a idade 

sábado, 21 de julho de 2012

Dia de nova luta

Um raio de sol e o inicio
Um dia dificil e a transição
Ontem tudo era chuva
Hoje cá estão as nuvens

Foi de desejo um novo inicio
Depois de horas dificeis
Arregaçou a manga e lá se foi
Nas mãos luvas dignas de Mohamed Ali

De fato luta seria
Mas ali estava o novo dia
Ficou no cochão as sombras e angustias
O novo desafio aceito presente

Uma nova vida com problemas
Mas de verdade, muito além de um sofá e TV
Nova conta, novo amigo novo abrigo
Novas alegrias, novos temas




quarta-feira, 11 de julho de 2012

A memória

Vou colar uma poesia na minha parede à memória
Farei a com letras brilhantes em cima da cor clara
Em cada letra uma imagem feita de mensagem
E assim lembro me de como foi um dia a ter em minha história

E farei mais, em cada letra um beijo um desejo
Letra A, de acabou. Letra U, de um dia qualquer
M de morrei e usarei também o R, de tristeza
E fujo a regra do "R" e formo nova palavra e assim as usarei não nessa ordem

(A)cabou (U)m dia qualquer (M)morrei de (R) tristeza
E ainda uso de outras formas as letras formarão depois AMOR
E que terror formar mensagem de trauma e palavra de felicidade
Por isso escolhi as letras de poesia para a parede
Estão fadadas a tristeza e alegria assim como um humano qualquer

Na parede farei com essas letras minhas memórias de vida
E as letras minha paixão farão de um comodo simples um novo lugar
Assim decidi, as letras lembrarão teu perfume. Perfume que quase mata a saudade
E sozinho ficarei o quanto puder lendo minhas letras feitas de poesia a você



quinta-feira, 5 de julho de 2012

Céu cinza metal

Uma, duas, três gotas vieram
Do céu caíram para entristecer o dia
A chuva fez da rua um imenso funeral
Todos de preto e guarda chuva sepultando os planos

Pessoas apareceram sem sorriso
Andando sem rumo sem contato sem alegria
Os olhos pálidos, pés molhados e frios
De água que leva o calor humano

O chão molhado o céu cinza metal
Apaga o fogo que acendeu-se sofrido
Observo assim a chuva que lava a poeira
Com o corpo molhado e frio estranho

Para onde vão os esse guardas chuvas correndo
Estão realmente sem direção?
Será que estão fugindo do vento?
O mistério de uma pergunta retórica

Ainda que na chuva lutarei
Mesmo no funeral saberei sorrir
E para onde ir depois de tudo lavado
Depois que tenham se acalmado os desesperados
Terei um conforto para os servir



quarta-feira, 20 de junho de 2012

Banho de Dúvidas inventadas

O que é a vida e eu?
O que vem a ser estar vivo e viver?
Uma busca incessante por ser;
Um duelo que nunca acontece.

E na cabeça as perguntas afloram;
Lírio, rosa ou margarida?
É perfume é espinho?
Uma margarida de espinhos talvez.

E mais um vez cá estou, no jardim de duvidas;
Uma flor com caule de mel, será que existe?
Não seria ir longe de mais fazer da vida a busca por ela?
No banho de sol, me molho e me lavo;
Me faço escravo dos próprios interesses meus.

O que não posso é apenas querer pensar; deve existir algo além;
Ter ao menos brilho nos olhos quando faltar a luz;
Ao menos ter suficiente força para caçar;
Que faça sentido procurar uma margarida viva.

Um ritmo da qual ainda luto para aprender a dançar;
É a vida! E estar vivo e ter algo além de respirar;
E ter dentro de si algo a matar;
E ao mesmo tempo dar vida a algo novo para aqueles que observam.

E na madrugada de quase dia penso;
E posso viver além de estar vivo;
Existe além de apenas ser ou querer;
Existe além de respirar, defina isso como lutar. Viver.



quarta-feira, 13 de junho de 2012

Uma multidão de vazio


Meu olhar que te perdeu na multidão
Uma multidão criada por eu próprio
Em um descontrole controlado nos extremos
Mas no fundo sempre houve necessidades

Seu olhar que se foi na multidão
Não houve esforço para o reencontro
Ficou o sabor do beijo, da saudade
Ela mesma que sempre ficou escondida

Um pedaço de papel, um pedaço de coração
Usado de caneta para desenhar o céu
O mesmo que tive quando pude voar com você
O mesmo que pude tocar nos sonhos

Na multidão criada fiquei com a solidão
Fraco, cansado e sem esperança
Mesmo assim alegre, por ter algo a lembrar
Que ao menos uma vez pude te amar




sexta-feira, 1 de junho de 2012

Novo amor de vida inteira

A primeira vez que um novo olho brilha perante os meus
A primeira vez que esse olho sorri para mim
A primeira vez que a boca me encanta, fala sobre inteligencia
O primeiro beijo, o segundo e o terceiro é assim

Conhecer alguém que fára parte da vida inteira
É tão natural quanto respirar ou acordar
Acordar mas conhecer o amor, sonhar vivendo
Conhecer um amor e nem imaginar que alguém faria tanta parte da carne
É tão humano quanto se negar a situação

E o tempo passa, e duas pessoas se tornam uma
E em tempestades se unem, desunem e se reformam, mas são um
Não há mais ninguém que possa trazer a eu tanta cor 
Não imaginava um dia sair de casa e ouvir pela primeira vez a voz do meu amor

É de tanta inocência andar naturalmente e de repente ali esta
O que imaginei não existir, existe, me faz querer abraçar sorrir sonhar e amar
Estar por perto mesmo em maus momentos e ainda mais nos bons
Estar sentindo ser além de individuo para esperar, um outro alguém

Como é bom não imaginar o amor, deixar ele apenas vir pegar em minhas mãos
As vezes sorrindo, e outras horas chorando não importa para mim
O bom é ter amor, naquele dia que sai para aprender o que era amor com seu sorriso
Tudo mudou, está diferente em lugar que ainda não sei

E nas madrugadas atrapalhar seu sono com uma mensagem de durma bem
A primeira estancia não existe sentido, mas é amor, é terror e saudade
Na verdade um turbilhão de emoções, não importa a quem
Sempre existirá surpresas, até mesmo na vez da primeira frase "TE AMO"

Hoje sou pai e filho do sentimento que tenho, ensino e aprendo
Com o tempo eu vou cada dia sendo mais algo que não sei
Mas entenderei, tenho tempo, tenho vida e vontade de aprender
Uma história inteira para entender como pode existir tanto desejo
Como se seu corpo tivesse um imã para meu ser

O primeiro beijo se torna lembrança e história
Se torna sorriso, se torna motivo de querer uma nova memória
É de infantilidade querer o seu cheiro desejar a cor de sua pele
Mas quero mais que tudo deixar que ser somente a mim
Para ser um pouco desse momento de tanta vontade assim





Duvidas de coração


O que será o amor? Apenas fervor da alma?
Será que de fato existe? Não sei ao certo
Mas sinto afinal, algo que me acalma
É seu cheiro, é você!

É você que me satisfaz
Que olho no olho e  vejo, desejo
Tão alvoras de sentimento
Quanto um coração de favo

Se existe de fato amor
É o que sinto então hoje
Tão forte que me faz mover
uma montanha para te ver aqui

É amor, simplicidade de beijo
E ao mesmo tempo complexo quanto humano
É amor de verão que ferve
É amor de inverno que aquece

Tenho de você uma parte
Guardada em minha alma
Calma e cândida que apenas aguarda 
Amor lindo quanto arte

E assim passo os meus dias
Querendo alegrias e sorriso
Um abraço de beijo
Matar hoje meu desejo. Ser você





quinta-feira, 31 de maio de 2012


Vejam!
Como acaba um amor?
O amor que acaba retira-se para um outro mundo
Como um estrondo que deixa de ressoar,
 Ninguém sabe nada a respeito.....
Só os outros

                                                                         Afinal o querem as mulheres?

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O Teatro mágico

A magica do amor e ódio da noite pro dia
Ao lado uma parte do sentimento se foi
E o espetáculo continua no picadeiro de pau a pique
Do sabor pirotecnico de imaginação colorida

E salta a alma delorida dentro de si
Mas saber o ponto do equilibrio na corda bamba é essencial
Palhaço do teatro magico tem o poder. De convencer
De vencer e ser. Erguer as mãos e pedir aplausos

Mesmo sento de verdade a lágrima pintada na mascara
Ele sorri. Salta. Canta. Dança. É feliz!
É quem diz, sem paralavras apenas com mimica
Implora para que seu sinal seja entendido

Enquanto isso a magia corre em suas mãos
O espetaculo se faz, com sinais e humildade
Espera ele com saudade que o vento lhe tras
Eternamente palhaço esperendo a chance se humano







sexta-feira, 4 de maio de 2012

Doce sabor de ilusão

Saboreie agora a felicidade
Do qual tanto foi de desejo
Perseguida a preço de sangue
E desejada como um beijo

Beijo doce de carinho
De loucura e verdade
De saudade por não ser
Por estar assim sozinho

Era feita assim a felicidade
Que sem motivos é renegada
Odiada, rasgada em pedaços
Pedaços em partes pequenas
Impossível será de colar

Sua companhia morreu
Sorrindo em seus braços
Tetando rememorar e lutar
Mas sem sucesso, de nada valeu encenar
Fingir-se de forte

Assim se foi. Com palavras decididas
Como felicidade renegada
E muitas memórias de planos

terça-feira, 3 de abril de 2012

Paz Judaica

Os pássaros cantam em rara aurora boreal
Na paz indefinida de quase nunca
Sem aviões formando pontos do céu
Com cadáveres nazistas em pó no solo

Sem casa e sem nação, cá está
Formando uma foto perante os olhos meus
Um linda cena feita de abraço amoroso
De um casal de dor no ombros

Mais um vez voltam ao seus
Ao seio da terra prometida sem dono
Cheio de pessoas brigando por cada palmo
E cada passo um perigo de morte. Medo de explosão

Mas tenho a eternidade da foto
De um abraço simples e sorriso dourado
Ao menos bonito é o olhar de terror
De Judeus que aprenderam amar na dor

sábado, 24 de março de 2012

Um novo acorde

Um novo som no antigo instrumento da parede velha
Foi a brisa da tarde que o afinou de forma diferente
Uma nota que reviveu, mudou o antigo fim morto
O acorde da alegria, que tocou até os pendulos do relogio

Até então eu era o que não poderia ser
O que jamais agradou a alma
Agora é necessrário pouca coisa, basta ter
Ter, todo os dias essa nota entrando com a vento
Tomando a mim e o pensamento, nas noites

Foi um aguto simples e tudo mudou
De alguma forma tocou, mesmo desafinado e sem esforço
Como um esboço, e eu sabendo que não passa de rabiscos
O que anima, pois melhora, é possivel tocar e ter

Nas cordas finas me encantei, me perdi, me encontrei
E agora, toca na chuva, nas caixas de som, no tecer de um sentimento
Um agudo infinito, que faz sucesso mesmo em vinil
Que vai sempre, estar aqui, perto de mim, a qualquer momento


domingo, 11 de março de 2012

Uma fronteira de imaginação

As vezes chuto o muro achando que a culpa é dele
Mas sempre há tempo de lembrar o fato das coisas
Do que se foi na água forte no lago do tempo

Só queria ter o poder de inspirar
Ter algo em meus braços, que fosse de desejo
Nas noites e dias, em que não há nada além de amar
Quando as estrelas estão muito longe

As distâncias que só se pode saber medindo, não existem
Está errado os lugares das coisas, todas misturadas
Para que fosse certo, teria que ser diferente
Separação que não é feita por fronteiras, sim pela vida

Ali do  lado está o desejo, a alegria e felicidade
À alguns passos, da estrada em frente
Além do portão fechado, era apenas ter algo a mais
Um livro de folhas amarelas, um papel de poema

Coisas simples ali ao lado sempre chamavam
Com voz carinhosa, e uma TV de filmes
De verdade as fantasias normais de dia dia
As fronteiras muitas vezes não são o problema

O problema e a simplicidade que encanta
Que canta, ressita e dança, que me puxa
E quer tirar-me do lugar de origem
Mas meus pés estão no chão sem vontade e coragem para voar.


quarta-feira, 7 de março de 2012

A antiga terra

Pela saudade que guiou até aqui. Eu volto
Pela face nu que ficou no antigo leito
Onde morro, onde sofro, onde dói
Onde nada se constrói, se desfaz, se vai.

Tudo é pó argiloso, sem solidez nos pés
Apenas com arma na poeria de chuva
Apontada as poças de sertão, do Verão
Apenas sonho de ombridade


Noites são sementes  de nuvens moldadas
De tufos de algodão no piso
Com teto tomado de imagens
Que serve de transporte a insonia
Quando nada resta nas mãos caladas

E se nada tenho além da nudes, por que voltei?
Nada se faz, vim ao imenso nada outra vez
A procura das lembranças inventadas de na ter
E nada ser, de verdade, apenas saudade